A Solidariedade

é contagiosa. Contagie e se deixe contagiar. Carlos H. Cadinha

A Autonomia

é uma conquista diária. Lino Macedo

Responsável

é ser paciente, humilde, atencioso e observador. AVB e Emanuel Elias
 

Paulo Freire e a Escola da Ponte

terça-feira, 10 de maio de 2016


Na Escola da Ponte o professor tem como função ensinar o educando a pesquisar e investigar, despertando o desejo de aprender e estudar. Paulo Freire defendia que o professor deve desafiar o aluno, perguntar e instigar nos alunos a curiosidade o desejo de investigar assim desenvolvendo a autonomia deles para que sejam livres e não alienados.
Existe uma relação entre Paulo Freire e a Escola da Ponte, ambos defendem a autonomia nos alunos, levando em conta os desejos de cada um e desafiando o educando com perguntas e histórias. Na Escola da Ponte os alunos dialogam e tem o poder de escolha, a liberdade de expressão, realizam atividades que desenvolvem autonomia nos alunos, uma educação libertadora.
Educação para liberdade e educação crítica, essa é a educação defendida por Paulo Freire e a educação que a escola da ponte proporciona.

O vídeo a seguir fala sobre isso e muito mais. Confira: 



Projeto Âncora




O Projeto Âncora é uma escola inspirada no método da Escola da Ponte, com a ajuda de José Pacheco. O método é baseado nas escolas democráticas. Assim como na Escola da Ponte, essa escola defende a autonomia das crianças levando em conta seus interesses. Também não há séries, as crianças independente da idade aprendem juntas. O educando junto com o tutor escolhe o conteúdo que quer estudar durante uma semana ou quinzena e monta seu roteiro. Diariamente o educando ao chegar faz seu planejamento diário, levando em conta a administração de seu tempo e as atividades a serem realizadas.

Os conteúdos que integram os parâmetros curriculares nacionais ficam fixados na parede da sala de estudos em uma linguagem que todos os estudantes entendam.

A escola conta com grande espaço onde há bastante áreas verdes, quadra de esportes, circo,e salões de estudo onde há livros e materiais didáticos, também tem uma biblioteca com um grande acervo.

Há também várias oficinas na escola do projeto âncora, como circo, teatro, artes plásticas, canto, instrumentos musicais, produção musical, tricô, horta, inglês, espanhol, italiano, skate, esportes, marcenaria, culinária, capoeira, danças brasileiras e confecção de brinquedos, essas são as oficinas oferecidas aos educandos e fazem parte do processo educacional.

Enfim na escola do Projeto Âncora não há séries (ano), nem aulas, seu período é integral e procura atender as pessoas próximas a escola e de baixa renda, o estudante escolhe o que quer estudar junto com o tutor que o auxilia. Afetividade, responsabilidade, honestidade, solidariedade e respeito são os valores que a escola defende. Uma escola inovadora e solidária.



No vídeo a seguir José Pacheco fala sobre a sua interpretação do que é uma escola democrática e como isso acontece no Projeto Âncora. 



Segue o site do Projeto Âncora: http://www.projetoancora.org.br/index.php?



Práticas Inovadoras

segunda-feira, 9 de maio de 2016

Li uma matéria que me deixou contente e partilho com vocês!


Fala sobre a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) estar incluindo metodologias pedagógicas inovadoras nas grades curriculares do curso de Educação Superior. Cita que além da PUC-PR outras 43 instituições de Ensino Superior do Brasil estão usando a metodologia de aprendizagem ativa onde o aluno é o sujeito que busca respostas, é autônomo, está no centro do processo de aprendizagem.

Leiam este trecho da matéria:
Nos cursos de licenciatura e pedagogia, o conceito de aprendizagem ativa adquire uma dimensão metadidática: o futuro professor experimenta a inovação metodológica como aluno, tornando-se capaz de reproduzi-la quando for a vez dele à frente de uma sala de aula. “A sociedade demanda um novo professor de Educação Básica. Não queremos cidadãos passivos, sem crítica e, por isso, não é possível ter professores que se contentem com respostas prontas, mas que estimulem perguntas”, pondera Priscila Ximenes, professora da Escola de Educação e Humanidades (EEH) da PUC-PR e uma das responsáveis por oficinas de metodologias ativas.

Ficaram interessados? Segue a matéria na integra para vocês: http://www.todospelaeducacao.org.br/reportagens-tpe/37849/ensinar-a-aprender/

EMEF Desembargador Amorim Lima

domingo, 8 de maio de 2016

Que tal conhecer mais uma escola no Brasil, precisamente em São Paulo, a EMEF Desembargador Amorim Lima, localizada no bairro do Butantã.


A escola nasceu nos anos 50 e com o passar dos anos teve outros nomes até chegar ao atual, mas foi em 2003 com a presença da psicóloga Rosely Sayão que o Projeto Fazer a Ponte foi apresentado na escola e comunidade.




“Nós queremos formar pessoas conscientes de seu dever na sociedade”, diz a diretora, Ana Elisa Siqueira.
http://portal.aprendiz.uol.com.br/2013/03/05/projeto-substitui-series-e-disciplinas-em-escolas-de-sao-paulo/

Em 1996 a atual diretora Ana Elisa Siqueira assume a responsabilidade de dirigir uma escola que enfrenta dificuldades, Ana viu a necessidade de melhorar aquele ambiente e uma das suas inciativas foi trazer a comunidade para dentro da escola, os pais se fizeram mais presentes e passaram a ajudar nas organizações de festas, os alunos passaram a participar de atividades extra-articulares aos fins de semana. Mas ainda existiam problemas como: faltas frequentes dos professores, desinteresse dos alunos com as aulas e o aumento de faltas em algumas disciplinas .
Ana Elisa Siqueira, diretora da EMEF Amorim Lima, na sala de aula sem paredes

Uma comissão formada pela escola, pais e alguns professores começaram a investigar esses problemas e buscavam maneiras de soluciona-los, nesse momento a psicóloga Rosely Sayão é convidada a participar desse desenvolvimento e apresenta a todos um vídeo da Escola da Ponte, de Portugal. Eis que surge o interesse de todos por aquela metodologia, e em 2004 a implantação do projeto é aprovado pela Secretaria Municipal da Educação.

Site da escola EMEF Desembargador Amorim Lima: http://amorimlima.org.br/

Segue um vídeo de uma entrevista com a diretora Ana Elisa Siqueira.




Aprender com os outros, aprender consigo....

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Oi, amigos!!! Vocês sabiam que a Escola da Ponte tem um hino e que seu idealizador e ex-diretor José Pacheco toca violão e canta no melhor estilo Toquinho. Essa foi minha impressão, com certeza vocês terão outras. E que bom!!!

"Aprender com os outros, aprender consigo e ter um amigo também é estudar."


Neste próximo vídeo além do hino cantado pelos alunos estar uma lindeza. Se conhece também a  estrutura física da Escola da Ponte. 


Metodologia da Escola EMEF Pres. Campos Salles

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Olá,  neste post vou falar com mais detalhes sobre a metodologia da escola EMEF Pres. Campos Salles.



Como eu disse no post anterior os alunos não tem aulas, trabalham com roteiros elaborados pelos professores.

O primeiro roteiro para todos os alunos é sobre o Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola que foi construído em parceria com a comunidade e contém entre outras coisas os princípios da escola e os dispositivos pedagógicos de acordo com a faixa etária dos alunos. Daniela a coordenadora da escola nos contou: “O que está no PPP é articulado pela coordenação com os professores o tempo todo para que aconteça na prática. É um PPP real, não é burocrático, quando você lê o PPP e você vê a escola funcionando você vê que o que está lá de fato ocorre”.

A partir do segundo roteiro os alunos escolhem o roteiro que querem fazer. Cada aluno termina no seu tempo, que pode variar de dois dias a uma semana. Quando terminam é feita uma avaliação oral com o professor. Mas o professor está o tempo todo passando nas mesas e observando o desempenho dos alunos, se eles não estão copiando do colega entre outras observações. Quando o  aluno tem dúvida  primeiro ele pergunta para os seus colegas de equipe. Se não souberem resolver ele levanta a mão e chama o professor.

Quando o aluno termina o roteiro é feita um avaliação. Caso o professor na avaliação perceba que o aluno ainda tem algum conceito que não atingiu orienta o aluno a rever  a atividade e refazer. Se o aluno passar na avaliação, escolhe outro roteiro e se junta a uma equipe que está com o mesmo roteiro que ele. Os professores usam como referência para elaboração dos projetos a Base Curricular Nacional e o Direito de Aprendizagem da Prefeitura. Mesmo com as escolhas dos temas esse currículo é seguido.

Tem quatro tipos de roteiro. Integrado, é o roteiro que citei acima. O roteiro intermediário que é para o estudante que está no início do processo de alfabetização. O roteiro avançado para os estudantes com dificuldades de aprendizagem. E os roteiros temáticos que pode ser sobre algo que está acontecendo na comunidade, este roteiro dura um dia e todos os alunos do salão realizam ao mesmo tempo.

Acontecem também oficinas para a construção de conceitos. Tem oficinas de produção de texto, de Matemática, de Inglês e Artes. Trabalham com um roteiro mais enxuto que vai explicando sobre o tema.  As oficinas são feitas em grupos menores, em salas menores. No final da oficina tem uma proposta para o estudante realizar.

As notas são dadas no dia do conselho de classe com a participação dos estudantes e professores. “A gente senta para conversar sobre o processo de cada estudante e juntos atribuímos uma nota para cada processo. O sonho é fazer um relatório, descrever o processo” disse a coordenadora Daniela.

A Campos Salles possui uma Comissão Mediadora que é responsável pela resolução de conflitos. Em toda escola há conflitos e lá não é diferente. Crianças brigam e pais são chamados para conversar. Lá eles são recebidos e conversam com 10 alunos da mesma idade do seu filho, mediados pela coordenação e pelos professores. Mas são raros os casos que isso acontece. Isso porque os conflitos são resolvidos antes de precisar chamar os pais. Após os alunos que brigaram se acalmarem afinal ninguém consegue  conversar durante uma briga, são convocados pela comissão mediadora, cada sala tem a sua comissão. Eles conversam, ouvem, falam o que pode ser feito para melhorar e cada membro da comissão falam uma qualidade dos alunos que brigaram. É a partir do 4º ano que essa comissão participa ativamente das tomadas de decisões, nos anos anteriores os alunos estão se constituindo então os adultos interferem bastante.


Há também a República dos Estudantes, pode se candidatar quem participa da Comissão Mediadora. É formada por um prefeito, um secretário da comunicação, vereadores escolhidos por votação. Essa Republica cuida dos interesses dos alunos e do bom funcionamento da escola. O que eles propõem e aprovam e transformado em lei e é colocado em prática.
Acontecem também Assembleias para estipular uma regra ou decidir uma ação. Sempre é decidida em votação por todos os alunos da escola.

Como em toda escola tem reprovação. A coordenadora Daniela nos contou como funciona. “Não é unilateral, a decisão do estudante também conta, vamos ter uma conversa com ele, com a família, a equipe gestora. A opinião do estudante não é decisiva, quem decide é a equipe pedagógica da escola mais ele é ouvido. No ano passado tivemos um aluno do 3º que estava relutante, disse que ia melhorar. Não o reprovamos e este ano ela avançou muito.”

Como em escolas tradicionais os alunos levam lição para casa. Uma aluna da Comissão Mediadora nos disse: “Às vezes a professora coloca conta pois esta passando nas mesas e vê que tem gente que tá com dificuldade de fazer, aí coloca conta de mais, menos,  de dividir ou vezes”.

Os alunos de inclusão são beneficiados nesta metodologia  já que a inclusão acontece organicamente, respeita o ritmo e o tempo do estudante.

Vale a pena ir conhecer essa escola e ver de perto esta metodologia inovadora.


Segue um vídeo que mostra a escola EMEF Pres. Campos Salles e fala um pouco sobre sua metodologia:


Um Dia de Descobertas

Eu ,Claudia, e minha colega fomos visitar a escola EMEF Pres. Campo Salles que fica no bairro do Heliópolis em São Paulo.


A escola fica dentro do Centro Educacional Unificado, junto com o Céu Arlete Persolie, a ETEC, uma creche, uma escola de ensino infantil, além de quadra, piscina e a torre da cidadania. Tudo isso em um grande espaço arborizado. De cara já gostamos.